JOGO DA MEMÓRIA

Uma transa e nada mais -

O consenso geral parece ser o de que sexo casual é uma idéia tipicamente masculina.

Mas será que é isso mesmo?

Esse é o tipo do assunto que não tem “certo” e “errado”. Fazer ou não sexo casual é uma questão íntima, particular – e varia de pessoa para pessoa. A gente tende a achar que essa é uma questão mais masculina, que, afinal, tem um mercado de prostituição inteiro aí fora como resposta. Mas por quê? Qual a diferença entre a sexualidade da mulher e a do homem? A questão é biológica, como alguns dizem (“O homem precisa mais de sexo; a mulher, mais de amor”)?

“Já fiz sexo casual algumas vezes”, diz a veterinária Patrícia, de 37 anos. “Antes dá um supertesão, uma adrenalina. Você se prepara, veste uma ‘fantasia’ - no meu caso até comprei umas roupas na Augusta [rua de São Paulo onde existem lojas de roupas ‘exóticas’, cuja clientela é, em sua maioria, prostitutas e travestis]. Na hora até foi bom, mas o ‘day after’ é complicado, eu acabo com nojo de mim mesma, fica uma paranóia.”

Em geral, as mulheres saem mesmo um tanto arranhadas de transas casuais, segundo Beatriz Mecozzi, psicanalista e autora do livro “O perigo de curar-se”, ed. Via Lettera. “A sexualidade da mulher é complexa, constituída ao longo da vida. Uma transa casual envolve mais questões narcísicas – se a mulher gosta da experiência, pode ser por vários motivos: um simples gostar mesmo, no nível do prazer, a excitação do perigo do desconhecido, uma reação contrafóbica, do tipo que se atira no abismo, depois vê no que dá”, explica Beatriz.

Seja o primeiro a comentar

Postar um comentário

Totalmente Gratuito!