JOGO DA MEMÓRIA

Como encarar os homens com kit filhos, pais, ex-mulher...

Sim, os vínculos fazem parte da vida do seu novo amor, mas nem sempre é fácil lidar com eles. Você se identifica? Veja o que fazer!

Se você está solteira, provavelmente já foi tomada por aquela certeza romântica de que a sua metade está em algum lugar, tão só quanto você, lendo o mesmo livro, ouvindo o mesmo CD, à espera do dia em que irá cruzar seu caminho no cinema ou na fila do pão. “O que é nosso está guardado”, não é isso que diz o ditado?
Sim, mas essa prometida exclusividade só costuma ser possível quando as duas pessoas se conhecem muito cedo: “Depois de uma certa idade, aos 30 ou 40, fica difícil encontrar alguém que não tenha passado: primeiro, pais egoístas, depois casamentos desfeitos, filhos, amigos muito próximos e outros ecos de histórias já vividas”, analisa a psicóloga Rita Bueno, (SP).
Saber lidar com essa nova configuração afetiva, que inclui não só o outro, mas também a rede de pessoas que já fazem parte da vida dele, é um aprendizado cada vez mais necessário nos dias atuais.
Cada um no seu papel

A médica Inaíze Fernandes, 32, tirou de sua própria experiência o exemplo de como deveria se relacionar com a filha de seu noivo, o médico Marcelo Gauch, 32. Ela tem um filho de 10 anos e as mulheres de seu ex-marido não entendem que existem certos limites. “As meninas que ele namora tentam assumir o papel de mães e isso me irrita profundamente. Houve uma que num aniversário passou a receber os convidados no meu lugar. Quase perdi a cabeça”, conta. Perceber isso ajudou a me posicionar corretamente com a filha do Marcelo, que tem 9 anos e mora com ele. Conversamos muito, nos divertimos, procuro sempre estabelecer uma relação de cumplicidade e respeito, nunca de superproteção, pois sei que esse não é o meu papel.
Nosso relacionamento é de amizade. Costumo passar os finais de semana na casa do meu noivo e nunca tivemos problemas, ao contrário, percebo que ela fica feliz com a minha presença. Acho que nos damos bem porque não ameaço a autoridade da mãe, que mora no exterior. O Marcelo também impõe os limites dele, não me envolvo, apenas aconselho, se necessário. Como uma avó, fico somente com o lado bom da convivência”, brinca.

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