JOGO DA MEMÓRIA

Fazendo a personagem

Sonia, 34 anos, fala de suas fantasias. Ela afirma que protagonizou todos os gêneros: na cama, foi empregada doméstica, enfermeira, colegial, diabinha, coelhinha e mais uma lista extensa de personagem. Só não encara o uso de chicotes, amarras e outras maneiras de manipular a dor como fonte de prazer. Rejeita o sadomasoquismo. “Gosto da beleza do erotismo, não de dor”. Uma peça sumária, velas perfumadas e boa bebida compõem seu ambiente ideal. O resto fica por conta da atuação dos protagonistas.


Para Sonia, é como no teatro: o espetáculo, o cenário e o enredo, só trocam de temporada. “É como se você estivesse sempre com outra pessoa, algo assim”. A fórmula pode ser a tábua de salvação para muitos casais que não esquentam a cama como no começo da relação. “A vida afetiva está sempre interessante”.

Ela insiste em declarar: a maneira de conduzir sua vida privada não a coloca na fogueira da inquisição moral. 

Sonia é mãe, se diz religiosa e tem vida financeira própria. O que ela procura é estar bem na cama, o que ela admite exigir certa coragem para se libertar das prisões morais herdadas com a educação. “Não sou vulgar”. 

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